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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Existem justificativas para o vandalismo?

Uma análise sobre os atos de vandalismo nas manifestações recentes.

Estava lendo a nota da CNBB sobre as manifestações da última semana (Ouvir o clamor que vem das ruas). Quase no fim do texto há uma frase que me fez pensar: “Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado...”

Vandalismo e Terrorismo
Fotos: R7 e G1

Na verdade isso é um engano. Concordemos ou não, existem justificativas políticas e históricas para o vandalismo. Ele vem desde a expressão pura da revolta e da explosão de raiva (como alguém que quebra a casa depois da namorada ter ido embora), até uma ação planejada e coordenada para causar medo e caos, com a finalidade de abalar as estruturas e instituições da sociedade estabelecida. Essas pessoas não consideram essas instituições legítimas, portanto não devem nenhum respeito a elas ou aos seu alegados direitos. Tendo por objetivo final tomar o poder ou, pelo menos, obter vantagens na sua área de atuação. É um instrumento usado por grupos políticos, criminosos, religiosos, ou qualquer um que queira atingir um objetivo pela força, mas que sabe que não tem condições de chegar lá através de um enfrentamento direto. 
É ingênuo pensar que todo o vandalismo é simplesmente um extravasamento momentâneo. Ele, quando feito em grande escala, é, na verdade, um proto-terrorismo. Tornando-se terrorismo a partir do momento que faz a sua primeira vítima fatal. Qualquer um que seja tolerante ou conivente com essa prática está fortalecendo o poder deles. Esses grupos se aproveitam de instabilidades e convulsões sociais, nesse momentos aliciam e cooptam integrantes para a sua causa. Apesar disso, quando não são contidos pelas forças estabelecidas, quase sempre, acabam sendo suplantados por forças revolucionárias mais organizadas e, em geral, acabam aniquiladas por elas. Foi assim em todas as grandes revoltas populares da história. 
Faço votos que não cheguemos à esses extremos. 

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