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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Melancia é uma fruta socializante.

Imagem: stock.xchng

Adoro comer frutas e consumo várias delas quase todos os dias, porém não gosto de todas. Por exemplo, nunca gostei de melancia. Eu sei, você talvez adore e acho que seja a melhor fruta que existe, mas eu acho muito indigesta. Talvez tenha ficado algum resquício de preconceito culinário infantil. Muitas crianças decidem que não gostam de alguma coisa mesmo sem ter experimentado. Eu experimentei, e não gostei, embora o fato do meu pai detestar, talvez tenha me influenciado bastante.
Acontece que há alguns dias estava conversando despretensiosamente com alguém que disse que gostava muito de melancia. Eu disse que eu não gostava, mas ficou um clima estranho no ar. Para amenizar a situação, soltei a pérola: 

"Melancia é uma fruta que não dá para comer sozinho a melancia é uma fruta 'socializante'... você sempre oferece uma fatia para outra pessoa."

A pessoa riu e o clima pesado se desfez. Ela contra-argumentou que se pode comer um pedaço de cada vez e mesmo comprar uma fatia no mercado...
Bem, a conversa seguiu por outro caminho e logo se encerrou. Mesmo assim continuou a ideia na minha cabeça. Das coisas que forçosamente temos que dividir.
Primeiro um parêntese para aqueles que não concordam que sempre temos que compartilhar uma melancia. Sei que tem gente (espero não conhecer ninguém assim), que come uma melancia inteira de uma vez só. Também sei que você pode guardar na geladeira por uns 2 dias e ir comendo aos poucos, mas isso, além da melancia perder rapidamente o sabor, é uma coisa meio egoísta.
Voltando às coisas que temos que compartilhar, por exemplo um assento de ônibus, um elevador, uma calçada, um livro de uma biblioteca pública, a sua mãe (e a minha também)... Pode até parecer absurdo comparar a minha mãe (ou a sua) com o assento de um ônibus, mas estou falando em compartilhar, dividir parte da coisa ou do direito pelo uso da coisa.
A vida está repleta de exemplos como esses. Você paga pelo ônibus e tem direito de usar o assento que está livre, mas ele não é seu, é só o direito de uso pelo tempo e trajeto que você pagou. Você tem a obrigação legal, moral e social de deixar o assento no melhor estado possível para que outra pessoa possa usufruir. Isso já é uma coisa inconsciente, mas se você concorda (pelo menos um pouco) comigo, você também entende que essa atitude é uma atitude socializante. Você está dividindo o assento do ônibus como se estivesse dando uma fatia de melancia para alguém. Se você, mesmo que por acidente, estragar o assento é o equivalente a derrubar uma das fatias no chão. Você estará privando alguém do usufruto do bem.
E a minha mãe? Bom eu tenho uma irmã e um pai que é bastante dependente da minha mãe... Para bom entendedor, já está explicado. Dividir a atenção da mãe, da esposa, do chefe, etc. também é uma atitude socializante. Se você chegou em casa com dor de cabeça e está louco para falar com a sua mãe para pedir um remédio e se depara com ela carregando a sua irmã no colo depois que ela caiu e está com o nariz sangrando cachoeiras, já sabe que tem que esperar a sua vez.
Saber dividir, compartilhar, esperar a sua vez, preservar para o uso do outro, são coisas que aprendemos a vida toda e que são mais úteis do que muito do que se aprende na escola. Eu, com certeza, ainda tenho muito que aprender dessas coisas.
Voltando à melancia, se eu gostasse delas, só compraria uma fatia, já que moro sozinho. Além disso, gosto de ficar imaginando que será a outra pessoa que está aproveitando o mesmo sabor que eu... é talvez eu já esteja aprendendo...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Capilares (da série conselhos para a vida).

Duas versões da mesma cabeça com 35 anos de diferença.
"Jamais reclame do seu cabelo rebelde. Um dia ele pode se rebelar em definitivo e te abandonar de vez."

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quanto custa operar um posto de combustíveis?


Um guia prático e objetivo de como calcular os custos de operação de um posto de combustíveis.

Já fiz um post sobre os custos de implantação (construção) de um posto de combustíveis e outro sobre como escolher a melhor localização para o seu posto. Nunca operei posto de combustível, mas acho que tenho experiência suficiente no setor para me arriscar a fazer uma estimativa, e ajudar você a fazer as suas próprias avaliações, sobre os custos de operação de um posto. Para iniciar a avaliação, já que eu não queria fazer tudo “de cabeça”, usei uma apostila do SEBRAE-ES e uma monografia de estudantes de contabilidade da PUC/MG.
Em várias partes do texto em falarei em “nosso posto”. Isso é uma referência ao posto médio brasileiro, que vende 170 mil litros (170m³) de combustíveis líquidos por mês, conforme já falamos no post sobre construção de um posto.
Como já percebi que as pessoas ficam ansiosas para ver logo o resultado do levantamento, coloquei já no próximo item a tabela resumo dos custos estimados. Mesmo assim, recomendo que leiam com calma o resto para depois não me acusarem de ter enganado alguém.
Quero repetir novamente que: eu não represento nenhuma empresa, quer seja ela um posto, construtora, despachante, distribuidora, refinaria ou qualquer outro que possa querer o seu dinheiro de alguma forma. Escrevo porque gosto de dividir o meu conhecimento. O blog não é patrocinado!

1.    Tabela resumo dos custos de operação

Vou começar com a tabela que resume toda a estimativa dos custos de operação do nosso posto. Recomendo que não fiquem satisfeitos apenas com esse resumo. Nos próximos itens detalharei, da melhor forma possível, como foram calculados cada um deles. Obs.: a tabela também serve como um índice, é só você seguir a numeração de cada item e procurar abaixo o texto correspondente.
 


2.    Considerações iniciais

Primeiro, vamos determinar algumas premissas básicas para o trabalho no nosso posto.

2.1.    Horário de funcionamento

É importante determinarmos o horário de funcionamento do nosso posto. Evidentemente que se funcionar 24 horas venderá mais, mas também terá custos maiores. Sem falar nos problemas de segurança.
Encontrei a Portaria do Ministério das Minas e Energia nº 9/1997 que diz que o período mínimo de funcionamento de um posto deve ser das 6 às 20h. Como acho que 20h é muito cedo, especialmente no horário de verão, vou arbitrar o horário de funcionamento das 6 às 22h, todos os dias da semana. Como é de conhecimento geral, a maior parte dos postos não funcionam 24 horas.

2.2.    Loja de conveniências

Já disse em outro post que a existência da loja de conveniências aumenta bastante o faturamento do posto. Mesmo assim, o SINDICOM informa que dos 39.783 postos existentes no país, apenas 6.904 têm loja (17,4%). No quadro abaixo podemos ver algumas informações, como a área média das lojas de conveniência (52 m²), o faturamento médio das lojas (R$66.849,00) e também o faturamento médio por m² de loja (R$1.290,00). A nossa loja (dimensionada no outro post em 70 m²) é uma loja grande diante da média do mercado. Embora eu não ache grande demais uma loja de 70 m² (existindo lojas bem maiores), não vamos ser otimistas demais. Assim, vou adotar o faturamento médio dos postos sem bandeira, arredondando para R$50.000,00/mês.
 
Fonte:SINDICOM

Encontrei um post num blog cearense sobre petróleo, que as margens das lojas de conveniência ficam entre 30 e 40%. Vou ser otimista e considerar 40% para a nossa loja. Dessa forma, o nosso custo de aquisição de produtos será igual a: R$50.000,00/1,4 = R$35.714,29/mês.

2.3.    Prazo de pagamento a fornecedores

Entramos numa seara traiçoeira. As distribuidoras vendem combustíveis em várias modalidades de pagamento e de prazos, porém eles dependem do relacionamento comercial existente entre o posto e a distribuidora. É claro que qualquer prazo, mesmo que seja só um dia, tem custo financeiro. A grande maioria dos combustíveis é pago em até 7 dias, postos que vendem diesel costumam ter prazo maior nesse produto. Vou considerar o prazo médio de 7 dias para todos os combustíveis. O pagamento de lubrificantes, geralmente, é feito em 28 dias, enquanto os produtos da loja de conveniências em 30 dias.

2.4.    Recebimento de pagamento dos clientes

Primeiro vamos ver as modalidades de pagamento que os clientes têm para comprar no nosso posto. O cliente pode pagar com dinheiro vivo, com cheque, ticket combustível (dados pelas empresas para os seus empregados), com cartão de débito ou cartão de crédito. Também existem os clientes que abastecem através de convênio, pagando mensalmente. Nos grandes postos rodoviários é comum a troca de “carta de frete”, ou modalidades modernas dela, porém, como o assunto é polêmico, não vou tratar aqui. Para quem quiser saber mais sobre a carta de frete veja nas fontes que coloquei lá em baixo.
Mas qual a proporção do uso dos diversos meios de pagamento? Conforme uma pesquisa da ABECS de 2011, 57% das pessoas que possuem cartão, costumavam usá-los (31% débito e 26% crédito) para compra de combustíveis, 1%usa cheque e 41% dinheiro vivo. A mesma pesquisa, diz que 99% dos postos pesquisados aceitavam cartão de crédito e todos aceitavam cartão de débito. Por outro lado, somente 48% aceitavam cheque e 41% os cartões de benefício (ticket combustível). Voltando a pergunta inicial, conforme outra parte da pesquisa, 33% do faturamento era com cartão de crédito, 24% do faturamento no cartão de débito, 30% em dinheiro vivo, 2% nos cartões de benefícios, apenas 5% em cheque e os 6% restantes no boleto ou débito automático (esses dois últimos casos são convênios com empresas).
Agora vamos ver o prazo de recebimento para cada modalidade. Conforme uma cartilha do CNDL-SPC o prazo para recebimento dos cartões de crédito é de 33 dias; o cartão de débito, segundo a Redecard, o prazo é de 1 dia; como quem passa cheque, normalmente, quer prazo vamos considerar, junto com o boleto e débito automático, com um prazo de 30 dias. Existem modalidades híbridas como o cartão pré-datado e o parcelado. Não vou considerar esses casos por serem de menor freqüência.
Vamos fazer uma tabelinha resumindo o que eu falei:
 


3.    Material e Produtos para operar

Vamos ver agora alguns detalhes sobre os nossos principais produtos.

3.1.    Lubrificantes

No nosso posto, temos uma troca de óleo, assim venderemos óleo lubrificante e filtros. Embora, geralmente seja feita a venda do óleo com a troca do mesmo e mais os filtros juntos, isso não é obrigatório. Assim vou desprezar nos cálculos o valor dos filtros. Sobre o volume de lubrificantes que um posto vende varia muito com o perfil do posto, se urbano ou rodoviário, se tem troca de óleo ou não. Mesmo entre postos que têm espaço para troca de óleo o volume difere por razões mercadológicas. A troca de óleo, como é um serviço bem mais demorado do que o abastecimento, não é feita em um posto que fique “no trajeto”. Ela quase sempre é realizada num posto perto da casa ou do trabalho do condutor do veículo.
Quanto aos volumes de lubrificantes vendidos em postos, na falta de dados “oficiais” sobre a venda de lubrificantes nos posto (a concorrência é grande, muito óleo é vendido em supermercados, autopeças, oficinas e, principalmente, concessionárias de veículos), vamos estimar o volume. Existe um número meio “mágico” no mercado sobre o volume de lubrificantes que um posto deve vender que é entre 0,8 a 1% do volume total de combustíveis. Embora o posto tenha troca de óleo (um posto pode vender óleo embalado na pista), não sou muito otimista com a venda de lubrificantes nos postos, como disse a concorrência é grande, assim, vou usar o valor de 0,8% do volume estimado para combustíveis (que é de 170.000 litros/mês). Então a venda provável de lubrificantes para o nosso posto será de 1.360,00 litros/mês.
Definido o volume, vamos ver os preços de venda. Como a ANP não faz pesquisa de preço dos lubrificantes, eu mesmo fiz a avaliação. Sei que a margem usual dos lubrificantes nos postos fica entre 70 e 80%. Como o preço do óleo automotivo mais popular (o mineral SL 15W40) está em torno de R$17,00/litro, imagino que o preço de compra esteja por volta de R$10,00/litro (o preço dos atacadistas que vendem no Buscapé é de cerca de R$12,00/litro).
Isso resulta num custo mensal de R$10,00*1.360=R$13.600,00 e num faturamento mensal de R$17,00*1.360=R$23.120,00.

3.2.    Combustíveis

Estamos tentando calcular os valores para um posto que represente a média dos postos brasileiros. Em alguns itens isso fica impossível, já em outros não. A ANP publica em seu site, semanalmente um levantamento de preços dos combustíveis, nas distribuidoras e nos postos. Aqui não cabe discutir os impostos que estão embutidos no preço do combustível que o posto COMPRA, pois só nos interessa o custo de aquisição e o preço que vamos vender. Assim, peguei os valores médios de todo o Brasil, para o período entre 25 e 31/08/2013. Na tabela abaixo temos os produtos que nos vamos vender e os volumes estimados (conforme vimos no outro post). O preço médio da revenda e o preço médio da distribuição são os que foram fornecidos na pesquisa da ANP (valores médios para todo o País, se você quiser saber os preços do seu estado ou município a ANP também publica). Usando-se o preço médio da distribuição e multiplicando-se pelo volume mensal, temos o custo de aquisição do posto (neste caso somamos R$371.160,00 de custo de aquisição). Já se usando o preço médio da revenda multiplicado pelos volumes, temos o faturamento mensal sobre a venda de combustíveis no posto (somando R$430.370,00). O faturamento menos o custo de aquisição resulta num lucro bruto de R$59.210,00/mês. Ou seja, uma margem média de 15,95% sobre o preço de aquisição. Sabemos que isso é um valor “médio”, porém sei de postos que trabalham com uma margem de cerca de 10%, em geral com grandes volumes.
 


3.3.    Frete

Não se esqueça de considerar o valor do frete dos produtos. Conforme o relatório anual de 2013 da FECOMBUSTÍVEIS o frete representa cerca de 2% do custo final dos combustíveis, só não fica claro se está considerado somente o frete do distribuidor para o posto ou de toda a cadeia. Dessa forma procurei o valor de frete na internet. Encontrei o Sistema de Informações de Fretes – USP, que é pago, mas tem algumas consultas liberadas. Para o período de 27/07 a 23/08/2013 o site dá o frete, para gasolina e diesel, entre Araucária e Guarapuava, ambos no Paraná. Os preços são R$40,00/m³ ou R$0,1544/m³.km (o que for maior).
A distância entre as duas cidades é de cerca de 250km. Aí você pode perguntar: mas e se o meu posto ficar mais distante? É verdade que em Araucária existe uma refinaria, mas só que o posto não pode retirar direto das refinarias, ele tem que comprar de uma distribuidora. As distribuidoras têm centenas de bases de distribuição espalhadas pelo Brasil (conforme a ANP, em 2011, eram 329) e é nelas que você vai buscar o seu combustível. Se você se der ao trabalho de verificar num mapa, verá que a esmagadora maioria dos postos fica a uma distância igual ou menor do que 250km de uma base distribuidora. Assim, a distância parece adequada para o cálculo.
Considerando-se que a distância entre as duas cidades é de cerca de 250km, temos para um transporte de uma carreta de 30m³ (que é o volume “normal” que os caminhões tanque transportam): R$0,1544*30m³*250km = R$1.158,00. Porém, o preço mínimo do transporte é de R$40,00/m³, então: R$40,00*30m³ = R$1.200,00. Assim, tomando como verdadeiro que para cada 1m³ gastaremos R$40,00, para os 170m³ que compraremos por mês, gastaremos R$6.800,00. Isso corresponde a 1,8% do custo mensal com aquisição de combustíveis (valor do produto + frete).
O transporte pode ser CIF (quando a distribuidora faz o transporte e cobra o frete) ou FOB (quando você mesmo faz o transporte, seja com caminhão próprio ou com frete contratado). Em geral, um posto individual (que não pertence a uma rede), que não vende um volume muito grande e fica relativamente próximo às bases distribuidoras, trabalha com CIF, o restante é FOB.

4.    Despesas operacionais mensais

Algumas dessas despesas mensais são fixas, outras são variáveis de acordo com o volume de vendas. As despesas com pessoal estão detalhadas no item 6.

4.1.    Energia

Como não sabemos o consumo efetivo de energia elétrica, vou partir de um estudo real feito em Campos dos Goytacazes. No estudo, o posto gastava em média 40.915 kWh/mês, só que ele tinha um compressor para a venda de GNV, que não é o nosso caso. Somente o GNV consumia 95% da energia do posto. Descontando esse consumo, temos 2.045,75 kWh/mês para iluminação, motores e bombas de combustíveis, ar-condicionado, TVs, freeer, estufas, rádios, etc.
Conforme o relatório da ANEEL, a tarifas média de jun/2013 no Brasil para o consumo do comércio, foi de R$0,36401/kWh. Então teremos uma despesa esperada de 2.045,75 kWh/mês * R$0,36401/kWh = R$744,67/mês.

4.2.    Água

Para o cálculo do consumo de água do posto, vou utilizar os dados da Norma Técnica SABESP NTS 181. Segundo essa norma, existe uma fórmula específica para estimativa de consumo de postos de gasolina (em m³/mês). A fórmula é a seguinte: 18,8 + 12,2 * (nº de funcionários) – 3,55 * (nº de bicos p/abastecimento). Não vou nem discutir a fórmula, só vou aplicar os nossos valores e fazer os cálculos: 18,8 + 12,2 * 15 empregados – 3,55 * 8 bicos p/abastecimento = 173,4 m³/mês. Lembrando que o nosso posto não lavará carros. Pela mesma norma da SABESP, caso lavássemos, seriam 150 litros de água para cada carro.
A tarifa da SABESP para esta faixa de consumo da categoria comercial é de R$12,72/m³. Então: 173,4 m³/mês * R$12,72/m³ = R$2.205,65/mês.

4.3.    Comunicação (telefone + internet)

Para estimar o gasto com internet, peguei uma reportagem que dá o preço de US$25,06/mês para uma conexão de 1 Mbps. Isso, em valores de maio/2013 (quando saiu a reportagem) dava cerca de R$55,00/mês.
Para o telefone, na falta de dado melhor, peguei o preço do site da Vivo para um pacote de 3.000 minutos. O valor mensal é de R$219,90.

4.4.    Transporte de Valores

Evidentemente, este não é um item obrigatório, mas diante dos inúmeros casos que conheço de pessoas que morreram, ficaram inválidas, ou de empresas que foram processadas por empregados que faziam transporte de valores, acho altamente recomendável. Para o cálculo do custo deste serviço o único preço que achei foi do Banco Paulista, R$1.006,98/mês.

4.5.    Sindicato Patronal

Sobre o valor da contribuição do sindicato patronal, encontrei a contribuição do SULPETRO-RS, que é de R$932,96/ano, para postos do porte do nosso. Isso dá um valor mensal de R$77,75.

4.6.    Contador

É evidente a necessidade de contratar os serviços de um contador. Encontrei na internet a tabela de preços do Sindicato dos Contabilistas da Bahia, que dá um custo mensal de R$1.558,48 para a faixa de faturamento do nosso posto (considerando-se que vamos adotar o IR pelo lucro presumido).

4.7.    Material de Escritório, Limpeza, Higiene e de Manutenção Predial

Vamos estimar um valor básico de R$500,00/mês.

4.8.    Manutenção

Aqui vou colocar os valores conforme a minha experiência. Podemos estimar em R$50,00/bico de bomba. Como temos no nosso posto 4 bombas duplas, são 8 bico, portanto R$400,00/mês. Estimo mais uns R$2.000,00/ano para outras manutenções (imagem, filtro, elevador, calibrador, compressor, etc.). Então teremos um total de R$566,67/mês.

4.9.    Impostos (ICMS, IPI, COFINS, CIDE e PIS/PASEP)

Os imposto acima são cobrados sobre os combustíveis no sistema de “substituição tributária”. Conforme a Wikipédia, “pelo sistema de substituição tributária, o tributo plurifásico passa a ser recolhido de uma só vez, como se fosse monofásico”. Conforme o Plano de Negócio dos estudantes da PCU/MG, “tributo plurifásico” é aquele que incide várias vezes no decorrer da cadeia de circulação de uma determinada mercadoria.
Pode parecer complexo, mas o que importa é que quando você compra da distribuidora a GASOLINA, o DIESEL ou o ETANOL, o preço já inclui todos esses impostos. Em outras palavras, o preço de bomba é o valor da aquisição do produto, mais a sua margem de lucro. Para maiores detalhes, veja o site sobre formação de preços da ANP. O mesmo vale para os LUBRIFICANTES.

4.10.    Simples Nacional

Conforme as regras do Simples Nacional, um posto de combustíveis não pode se enquadrar nessa modalidade simplificada. Por outro lado, uma loja de conveniências pode, só que a loja não pode estar no nome dos sócios do posto. Aliás, a loja tem que estar no nome de alguém que não é sócio de nenhuma outra empresa. Para mais detalhes veja no site da receita. Em lojas localizadas em postos que pertencem a redes (mesmo que 2 postos), isso não acontece. A vantagem de ter a loja em nome de uma microempresa deve ser avaliada caso a caso. Para o nosso cálculo vou adotar o simples, por questões práticas.
Conforme o Manual do Empresário, para o caso da loja de conveniências, o Simples Nacional engloba os seguintes impostos: ICMS, CPP, IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. Para fazer o cálculo, no blog do Seo Martin encontrei uma planilha de cálculo para o Simples. Abaixo está a planilha para o cálculo da nossa loja. Como no primeiro ano o imposto mensal é crescente, até atingir o patamar desejado de faturamento, vou considerar o imposto máximo (que seguirá o mesmo ao longo do tempo desde que o faturamento se mantenha estável), como R$3.800,00/mês.
 
Fonte: Seo Martin

4.11.    IPTU

Para o cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), de responsabilidade municipal e cuja base de cálculo é o valor venal do imóvel, vamos primeiro estimar o valor do nosso imóvel. Estimamos o nosso terreno em R$1.500.000,00 (detalho isso mais adiante). Para a estimativa do valor venal das construções vou considerar apenas os itens genéricos, ou seja, não vou contar os equipamentos e itens de imagem que calculei em outro post. Somando os valores de obras civis temos R$367.090,00. Chegamos então a um valor venal total do imóvel de R$1.867.090,00.
Para imóveis não residenciais, nesta faixa de valor a alíquota na cidade de São Paulo é de 2% (veja que cada cidade tem a sua forma de cálculo e alíquota). Então o nosso IPTU (anual) será de: R$1.867.090,00 * 2% = R$37.341,80. Isso dá R$3.111,82/mês.

4.12.    Custo do Recebimento com Cartão de Crédito ou Débito

Já vimos, no item 2.4, que vamos receber cerca de 57% dos nossos pagamentos por meio de cartões. Temos também que verificar o custo de recebimento desse dinheiro pro meio eletrônico. Conforme a cartilha do CNDL SPC, o custo do aluguel de cada máquina ficava em R$110,00/mês. Além disso, a cartilha fala de uma taxa de administração (cobrada sobre cada transação feita com cartão) da ordem de 4%. Já no blog Crédito  ou Débito, os valores citados são de R$120,00/mês para o aluguel da máquina e de 2 a 4% do valor da transação. Vou adotar os valores de R$120,00/mês pelo aluguel de cada máquina e 2% para a taxa de administração. O nosso faturamento mensal é a soma das vendas de combustíveis, lubrificantes e da loja de conveniências, então: R$430.370,00 + R$23.120,00 + R$50.000,00 = R$503.490,00.
Então o custo da taxa de administração do cartão será: R$503.490,00*2%*57%=R$5.739,79. Além disso vamos prever 3 máquinas de cartão: 3*R$120,00=R$360,00.

4.13.    Reserva para “Imprevistos”

É aconselhável ter uma reserva para imprevistos, administrativos, legais e com itens ambientais. Vou prever R$500,00/mês.

5.    Itens “Esquecidos”

Chamo estes itens de “esquecidos” porque eles, com frequência não são considerados nos planos de negócio. Ou então são calculados de uma maneira formal demais, esquecendo-se do objetivo do negócio que é dar lucro no longo prazo e não somente no início da operação. Mas, neste caso, o que é longo prazo? Esquecendo novamente das formalidades legais, vou considerar o “longo prazo” como 10 anos. Um prazo menor do que esse, dificilmente dará um resultado positivo para o negócio. Já um prazo muito maior, estaremos sujeitos as incertezas do mercado de combustíveis, das quais já falei no post sobre o fim do petróleo.

5.1.    Aluguel (mesmo que o imóvel seja seu)

Não importa se o terreno é seu, de um parente seu, ou se é alugado, ele precisa render somente pelo fato de “existir”. Senão é melhor vendê-lo e aplicar o dinheiro.
Para determinar o valor do aluguel, diante da imensa diversidade dentro do País, resolvi dar uma olhada no site Pense Imóveis (você pode olhar em outros sites de imóveis) e cheguei a um valor entre R$1.000,00 e R$3.000,00/m² de terreno para compra. Vou adotar um valor médio de R$1.500,00/m² (na sua região pode ser bem diferente). Como o nosso posto está num terreno de 1.000m², o valor de mercado para a compra seria de R$1.500.000,00. Tradicionalmente, para se ter uma ideia inicial do valor de locação de um imóvel, parte-se de 0,5 a 0,8% do valor de compra como valor de locação mensal. Vou adotar, por otimismo, um percentual de 0,5%, então o valor da locação será de R$7.500,00/mês.

5.2.    Financiamento do capital imobilizado

A construção do nosso posto não saiu de graça. Ou nós tomamos dinheiro emprestado ou tiramos de uma aplicação qualquer. Vou considerar uma taxa de 0,5% ao mês (uma taxa bem baixinha, que é a da poupança). O custo total de construção do posto foi de R$879.090,00. O custo mensal (considerando um período de amortização de 120 meses) será de R$9.759,70.

5.3.    Depreciação do capital imobilizado

Por simplificação de cálculo, vou considerar o Imposto de Renda calculado pelo “lucro presumido” (veremos isso no item 7.4). Como a contabilização da depreciação dos bens só é obrigatória para empresas que fazem a declaração de “renda pelo lucro real”, esse item é frequentemente esquecido, ou pelo menos desprezado. Não vamos cometer um erro que vai afetar o nosso posto no futuro. Assim vamos fazer o cálculo baseados nos itens orçados na implantação do posto.
 

A tabela acima foi elaborada muito mais sobre a minha experiência no assunto do que na legislação e bibliografia. No item sobre manutenção fiz previsões de manutenção das bombas e de outros equipamentos (filtro, elevador, calibrador e compressor). Também não podemos esquecer da manutenção da imagem, o histórico dos postos diz que uma imagem sem manutenção não dura nem 6 anos (o sol e a chuva são inclementes).


5.4.    Seguro

O último item que não deve ser esquecido é o seguro. Já vi vários postos ficarem em maus lençóis por não terem seguro. Temporais, tornados, ciclones (lembram do “Catarina”?), batidas de carro nos seus equipamentos e até nevascas, podem estragar o seu patrimônio. Além disso sempre existem possibilidades de incêndios e problemas com a segurança de empregados, clientes e riscos ambientais. Sobre esse assunto, o site Portal de Postos tem um post específico.
O cálculo do prêmio do seguro (o valor mensal que você pagará) é complexo e demanda um cálculo atuarial sério. No presente caso vamos fazer mais uma simplificação. Existe mais um “número mágico” para o cálculo do prêmio que é de 0,10% do valor segurado. Inicialmente vou propor segurar os seguintes itens: Estoque de Produtos R$90.000,00 + Responsabilidade Civil R$100.000,00 + Benfeitorias e equipamentos R$880.000,00 = R$1.070.000,00. Isso daria um prêmio de R$1.070,00/ano. Por outro lado, encontrei uma reportagem recente sobre um seguro específico para postos de combustível. Segundo a reportagem, os preços do seguro vão de R$ 2 mil a R$ 17 mil por ano. Por conservadorismo, vou usar então o valor de R$2.000,00/ano, ou R$166,67/mês.

6.    Despesas com pessoal

Tentarei aqui dimensionar e precificar o maior custo para operação do posto, depois dos combustíveis.

6.1.    Mão de obra

Primeiro temos que dimensionar a mão de obra. Para dar uma idéia, fiz um resumo da lista das funções, baseado na convenção coletiva do SINPOSPETRO-PE:
  • GERENTE DE POSTO REVENDEDOR: Trata-se do empregado que tem procuração do empregador ou anotação em CTPS responsável pela gestão administrativa e financeira do posto revendedor, respondendo pelo estabelecimento comercial na ausência do proprietário e pelo recebimento de combustíveis.
  • CHEFE DE PISTA: Trata-se do empregado responsável pelas atividades desenvolvidas na pista, sendo responsável pelos frentistas e pelo recebimento de combustíveis na ausência do Gerente.
  • FRENTISTA DE POSTO REVENDEDOR: Trata-se de empregado que trabalha com manuseio direto de equipamentos destinados à comercialização de combustíveis, lubrificantes, aditivos e correlatos, utilizados em veículos automotores. É também responsável pela calibragem de pneus e recebimento de valores monetários.
  • LAVADOR: Trata-se do empregado que trabalha em local próprio de lavagem de veículos  no posto de gasolina, manuseando equipamentos destinados à lavagem de motores, carrocerias e interiores de veículos automotores.
  • ATENDENTE DE LOJA DE CONVENIÊNCIA: Trata-se de empregado do Posto de Gasolina que trabalha no interior das lojas de conveniência, executando serviços de arrumação de prateleiras, preparação de lanches, conservação, recebimento de produtos e atendimento aos clientes. Pode manusear valores monetários, seja das vendas dos produtos da loja de conveniência e/ou recebimentos das vendas dos produtos da pista do posto.
  • AUXILIAR ADMINISTRATIVO: Trata-se do empregado que trabalha, exclusivamente, no escritório do Posto Revendedor fazendo conferência de cartões de crédito e débito, recebendo e arquivando documentos, escritura livros fiscais e executa demais procedimentos administrativos e os relativos a recursos humanos.
  • VIGIA: Trata-se do empregado responsável pela guarda patrimonial do posto revendedor e suas dependências, tais como: loja de conveniência, seja em período diurno e noturno, sem utilização de arma de fogo.
  • ZELADOR: Trata-se de empregado encarregado da limpeza das instalações do Posto Revendedor e suas dependências.
Como definimos que o nosso posto irá trabalhar das 6 às 22h, todos os dias, teremos o posto aberto 16h/dia. Então serão 112h/semana. Cada empregado tem que trabalhar 44h/semana, fora isso são horas extras. Portanto, temos que fazer todas as previsões considerando esses valores.
Por simplificação, como o estado de São Paulo tem quase ¼ dos postos do país, vou considerar os valores salariais segundo a convenção dos trabalhadores desse Estado. Na lista de fontes coloquei vários outros sindicatos que detalham bem mais os valores dependendo da função. Para 2013, o SINCOPETRO acertou um piso salarial de R$860,00/mês (equivalente a R$4,50/h), para os caixas um adicional de 20% para os que fazem função de caixa. Além disso, existe um adicional noturno de 25% (que não vamos utilizar porque o posto não funcionará entre as 22h e as 5h) e um auxílio-refeição no valor de R$11,00 por dia trabalhado.
Além dos valores acima, não podemos esquecer o adicional de periculosidade. Legalmente quem trabalha com combustíveis faz jus a um adicional de 30%. Existem várias interpretações e decisões legais sobre quem tem direito ou não ao adicional trabalhando no posto, isso pode depender da distância das bombas e da função exercida pelo empregado. O meu conselho é o seguinte: evite dúvidas neste cálculo inicial, vamos estimar que todos tenham o direito ao adicional. Outro item importante são as horas extras, limitadas a 2h por dia e com um valor de 50% sobre a hora normal.

  • GERENTE DE POSTO: não dispense o gerente do cálculo, mesmo que você queira estar no dia a dia do posto. Ele é importante. Vamos considerar o salário dele, 50% maior do que o piso salarial, mais 30% de periculosidade.
  • CHEFE DE PISTA: cada turma de frentista tem um chefe de pista. Como o posto vai operar 16h/dia, vamos estimar 2 chefes. O chefe de pista também pode operar as bombas, fazendo a função do frentista. Vamos considerar o salário deles, 20% maior do que o piso salarial, mais 30% de periculosidade.
  • FRENTISTA: o normal é dimensionar um frentista por bomba, como temos 4 bombas no nosso posto, precisaríamos de 4 frentistas por turno. Porém, como já contamos os chefes de pista, vamos considerar 6 frentistas (3 por turno). O salário deles, será o piso salarial, mais 30% de periculosidade.
  • LAVADOR: como definimos que o nosso posto não terá lavagem, não precisamos dimensionar este empregado.
  • ATENDENTE DE LOJA DE CONVENIÊNCIA: quanto ao número de empregados da loja de conveniência, vamos analisar novamente a tabela do SINDICOM (já mostrada no item 2.2., que nos dá é o número de empregados diretos no setor (21.450 pessoas) para as 3.099 lojas vinculadas às distribuidoras associadas ao Sindicom. Dessa forma podemos calcular o número médio de empregados por loja, cerca de 7. Mas, não vamos nos enganar com esse número, pois as lojas dos postos “embandeirados” têm, em média, um faturamento bem acima do que nós estimamos. A bandeira que tem as lojas com o faturamento mais próximo do que estimamos é a Ale, com uma média de 3 empregados por loja. Pelo horário de funcionamento da loja,entendo que esse é o número ideal para iniciarmos. Vou supor que o salário desses funcionários é o básico mais 20% (por fazerem funções de caixa, inclusive do posto), além da periculosidade.
  • AUXILIAR ADMINISTRATIVO: vamos começar com somente 1 auxiliar, parte de suas tarefas serão executadas pelo gerente. O salário dele é igual ao do funcionário da loja.
  • VIGIA: como não estamos falando de segurança armada, vamos dimensionar apenas para os horários noturnos. Veja que este serviço pode ser terceirizado, que sai um pouco mais caro, mas tem o conforto de evitar problemas legais. Como só estamos fazendo uma estimativa, vou supor que teremos 1 vigia, com o salário básico, mais o adicional noturno. Não vou colocar a periculosidade porque o posto estará fechado na hora que ele estiver trabalhando.
  • ZELADOR: não vejo necessidade para este empregado inicialmente.
  • LUBRIFICADOR (trocador de óleo): como previmos uma troca de óleo no nosso posto, temos que considerar, pelo menos 1 lubrificador. O salário é igual ao do frentista.

 

6.2.    Encargos sociais

Não sou especialista, por isso sugiro que procure fazer um cálculo mais exato. Nos meus tempos de orçamentista (lá se vão 25 anos), considerava o valor de 118% a título de “leis sociais”. Hoje encontrei no site do guia trabalhista alguns valores entre 96,76% e 101,81% para o cálculo sobre o salário/hora e de 68,17% para mensalistas. Eu vou, nesse nosso exercício, adotar o valor de 68,17% para os encargos sociais e trabalhistas (incluindo 13º salário, férias, descanso remunerado, INSS, SAT, salário educação, SESC, SENAC e FGTS).

6.3.    Resumo das despesas com pessoal

O nosso posto ficará aberto todos os dias do ano (112h/semana), mas temos o limite legal de 44h/semana, mais 2h extras/dia, por trabalhador. Dessa forma temos que fazer algumas estimativas. Acho que a melhor maneira de estimar os custos com pessoal é fazer os cálculos semanais e depois transformar em mensais. São 52,18 semanas/ano (contando os anos bissextos), então temos o seguinte:
 

Portanto: (R$5.806,20 / semana) * 52,18 semanas = R$302.967,52/ano. Os encargos sociais e trabalhistas, somam mais 100% desse valor, ou seja, mais R$302.967,52/ano. Então as despesas com pessoal chegarão a R$605.935,04/ano = R$50.494,58/mês.

7.    Cálculo do Lucro

Evidentemente, nós queremos que o nosso posto dê lucro. Só que o nosso posto não é um posto “de verdade”, é só um exercício. Assim, não há garantia nenhuma que teremos lucro nele.

7.1.    Resumo das Despesas

Abaixo segue uma tabela resumindo todos os custos mensais do nosso posto. O valor total é de R$512.936,32, porém, por razões que explicarei depois, também calculei os custos sem os itens “esquecidos”, que fica em R$490.179,37/mês.
 


7.2.    Faturamento

O faturamento do posto é o que segue abaixo, totalizando R$503.490,00/mês. Veja que você pode vender outros produtos, como filtros de óleo, filtros de ar, extintores, aditivos, etc. Mas eu não estou considerando no cálculo. Isso depende muito do seu mercado local.
 


7.3.    Lucro Bruto

A fórmula simplificada do lucro bruto é: receita menos despesa. Dessa forma fica fácil de ver que se pegarmos o nosso faturamento de R$503.490,00 e diminuirmos as despesas totais no valor de R$512.936,32, teremos um prejuízo mensal de R$9.446,32. É isso pode acontecer, quando comecei a fazer os cálculos, não tinha essa intenção. Ainda assim, podemos perceber que, apesar das margens serem bem razoáveis e o faturamento alto, as despesas também são muito grandes. Porém, o fato de eu ter usado valores médios nacionais para os preços e volumes vendidos prejudicou muito o desempenho. Um posto urbano como o nosso, em geral, vende cerca de ¾ do seu volume entre gasolina e etanol. Como a margem do diesel é muito pequena, ela só viabiliza um posto com um volume muito grande e com serviços agregados (restaurante, borracharia, etc.). Outra coisa que varia muito de um estado para outro é o preço do etanol, portanto fazer uma média entre o volume e os preços do etanol e da gasolina é um pouco sem sentido. Conclusão, recomendo que façam bem os cálculos, porque, embora existam vários postos que fecham porque não fizeram bem as contas, muitos outros são lucrativos.
Para não invalidar todo o nosso trabalho, resolvi “desprezar” os itens “esquecidos”. Assim, o nosso lucro bruto passa a ser: R$503.490,00 – R$490.179,37 = R$13.310,63/mês. Ou seja, R$159.727,56/ano.

7.4.    Imposto de Renda - IRPJ

Não sou contador, portanto esta parte ficará um pouco prejudicada. Só sei que existem duas formas de se calcular o IR do nosso posto, pelo lucro presumido ou pelo lucro real. No cálculo pelo lucro presumido, o imposto é calculado baseado num percentual dado por lei, portanto mais fácil de calcular. Já pelo lucro real, tem-se que fazer um levantamento de todas as receitas e despesas, sendo bem mais trabalhoso. Em várias ocasiões o cálculo pelo lucro real é vantajoso, porém, para o nosso posto, farei o cálculo pelo lucro presumido. Quem quiser saber mais sobre as vantagens do lucro presumido ou do real, dê uma olhada nas fontes lá em baixo.
Quanto às tarifas e bases de cálculo do IRPF pelo lucro presumido, peguei os dados (específicos para o nosso tipo de atividade e produtos) do portal tributário. O resultado, mostrado na tabela abaixo, foi num IRPF de R$21.282,62.
 


7.5.    CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

A CSLL, não tem relação direta com o imposto de renda, mas tem a mesma base de cálculo. Ou seja, o lucro da empresa. Portanto se optamos por lucro presumido no IR, temos que optar também na CSLL. Também peguei os percentuais dados no portal tributário. Resultando em um CSLL de R$65.252,30.
 


7.6.    Capital de giro

Já não tenho em casa nenhum livro de administração financeira, por isso tive que recorrer à internet. Conforme a apostila do SEBRAE-ES.
“[...]Capital de Giro ou Circulante, compreende o volume de recursos financeiros necessários para sustentar o processo de comercialização da gasolina, outros derivados do petróleo, assim como do álcool hidratado. É o oxigênio da empresa. Tecnicamente ele é calculado tendo como base premissas a respeito dos vários itens que geram necessidade de caixa e de outros que geram recursos, calculados para um período de 30 dias.”
Encontrei várias formas de calcular o capital de giro, a mais simples e aplicável para o nosso caso foi a dada pelo site Indústria Hoje . Em resumo, o que o site fala que o capital de giro é calculado pela diferença entre elementos “positivos” e “negativos” de caixa. Sendo que, no nosso caso:
•    ELEMENTOS NEGATIVOS: Recebíveis de Clientes e Estoque de Produtos.
•    ELEMENTOS POSITIVOS: Fornecedores.
Vamos ao cálculo de cada um dos itens, para isso, vamos utilizar uma série de informações que já vimos anteriormente. Vou tentar simplificar as informações escritas e deixar que você interprete as tabelas.
•    Recebíveis de Clientes: é o valor que o posto recebe pela venda dos produtos dentro do período de 1 mês. No item 2.4. falamos dos prazos para recebimento de cada modalidade de pagamento e o percentual de cada meio de pagamento. No cálculo abaixo, o prazo médio de recebimento sobre as vendas é de 15,030 dias. Então em 30,4 dias (um mês médio) teremos: 15,030dias/30,4dias * R$503.490,00 = R$248.929,43.
 

•    Estoque de Produtos: é o valor, em Reais, do estoque de produtos que você tem no posto. A loja de conveniências e os lubrificantes, vou estimar um valor pelo meu conhecimento. Os produtos devem ficar na loja por até 2 meses, então o prazo médio deve ser de 30 dias. Para os lubrificantes, devemos ter de 6 a 7 reposições de estoque por ano, assim o prazo médio de estoque deve ser de 28 dias. Sobre os combustíveis, já falamos no item 3.2. sobre os volumes de produtos vendidos (e portanto adquiridos) no mês (eles aparecem na coluna B). O volume dos tanques foi dimensionado no post sobre o custo para implantação dos postoshttp://poucodemorais.blogspot.com/2013/07/quanto-custa-para-implantar-construir.html. O prazo médio de estoque de produtos é de 10,324 dias. Então em 30,4 dias (um mês médio) teremos: 10,324dias/30,4dias*R$420.474,29 = R$142.800,00.
 


•    Fornecedores: é o valor em Reais que temos que ter em caixa para sustentar o pagamento aos nossos fornecedores. Já foi determinado, no item 2.3., o prazo de pagamento para cada tipo de produto. Já o pagamento da mão de obra, leis sociais e serviços públicos é de 15 dias. Isso levando-se em consideração que os serviços são pagos mensalmente e usados desde o início do mês. O prazo médio de pagamento aos fornecedores é de 10,463 dias. Então em 30,4 dias (um mês médio) teremos: 10,463dias/30,4dias*R$497.390,61 = R$171.190,72.
 


Capital de Giro = Recebíveis de Clientes + Estoque de Produtos – Fornecedores = R$248.929,43 + R$142.800,00 – R$171.190,72 = R$220.538,71.

8.    Considerações Finais

Confesso que eu não esperava ter tanto trabalho para escrever este post. Entre idas e vindas levou mais de um mês. Tive que estudar muito, mas não lamento, adoro escrever estes posts, aprendo muito com eles. Se você perceber algum erro ou falta de informações, me avise que eu vou procurar corrigir.

FONTES:

- Plano de Negócios: Implantação de um Posto de Combustível: http://sinescontabil.com.br/monografias/artigos/alexandra.pdf
- Montar um Posto de Gasolina: http://www.infopostos.com.br/como-montar-posto-de-gasolina/
- Montar um Posto de Gasolina: http://www.novonegocio.com.br/ideias-de-negocios/montar-posto-de-gasolina/
- Posto de combustível: http://www.igf.com.br/aprende/novonegocio/Neg_Resp.aspx?id=96
- Rigon - Planilha mostra custo de posto de gasolina: http://angelorigon.blogspot.com.br/2006/06/planilha-mostra-custo-de-posto-de.html
- DEPRECIAÇÃO
- Taxas de Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado – Portal do Administrador: http://www.portaladm.adm.br/AM/AM7.htm
- Entenda o que é depreciação e quais são os impactos no posto revendedor. Por: Eduardo Benetti - 07/01/2002: http://www.portaldepostos.com.br/paginas/conte.materia2.html
- ENERGIA ELÉTRICA
- CEEE – Regulamento de Instalações Consumidoras Média Tensão - Até 25 kV - Setembro 2008: http://www.ceee.com.br/pportal/ceee/Archives/Upload/RIC_CEEE_MT_2008_88326.pdf
- Análise de um Projeto de Eficiência Energética em um Posto de Combustíveis com Base Metodológica no Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP): http://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/EE/article/viewFile/77/44
- Tarifas médias de energia elétrica – ANEEL: http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=550
- Série Histórica do Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis Fonte: ANP/Coordenadoria de Defesa da Concorrência: http://www.anp.gov.br/?pg=66510&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=1378403173030
- Planilha Gerencial da Revenda: http://www.sincopetro.org.br/conteudo.asp?xmenu=86#
- PIS e COFINS: http://www.contabeis.com.br/forum/topicos/13157/piscofins-posto-de-gasoina/
- Lucro Real: http://www.contabeis.com.br/forum/topicos/35675/lucro-real/
- Lucro Real ou Lucro Presumido: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI80446-17199,00-LUCRO+PRESUMIDO+OU+LUCRO+REAL.html
- Manual do Empresário: http://www.portalcontabilidade.com/manual_empresario.pdf
- A tributação no setor sucroenergético do estado de São Paulo: anos de 2000 e 2008: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20032012000400012
- Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência 2013 – SINDICOM: http://www.sindicom.com.br/#publicacoes.asp?query=anuario&targetElement=leftpart
- Buscapé: http://compare.buscape.com.br/procura?id=6817&kw=sl+15w40
- Jet Oil – Ipiranga: http://www.ipiranga.com.br/wps/portal/portalipiranga/jetoil
- ANP - Cartilha do Posto Revendedor de Combustíveis - 5ª Edição – 2011: http://www.anp.gov.br/?pg=65157&m=manual&t1=&t2=manual&t3=&t4=&ar=0&ps=1&cachebust=1378757076365
- Portaria MME nº 9, de 16.1.1997 - DOU 17.1.1997: http://nxt.anp.gov.br/nxt/gateway.dll/leg/folder_portarias/portarias_mme/1997/pmme%209%20-%201997.xml
- SEBRAE:
http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=1334&%5E%5E
- SEBRAE-ES - Série Perfil de Projetos – posto de gasolina e álcool – dez/1999: http://201.2.114.147/bds/bds.nsf/299263699DF2A13103256E5B0045C7BF/$File/NT000020CE.pdf
- Esclarecimentos sobre a carta-frete – FECOMBUSTÍVEIS: http://www.fecombustiveis.org.br/blogs/direto-da-redacao/atencao.html
- Para TRF-4, fim da carta-frete é constitucional: http://www.conjur.com.br/2013-fev-18/trf-decide-normas-acabaram-carta-frete-sao-constitucionais
- Conheça as alternativas à carta-frete - Novos formatos de pagamento beneficiam os caminhoneiros: http://transporteelogistica.terra.com.br/noticias/integra/1/conheca-as-alternativas-a-carta-frete
- Norma Técnica SABESP NTS 181 - Dimensionamento do  ramal predial de água, cavalete e hidrômetro – Primeira ligação. Novembro - 2012 - Rev. 3: http://www2.sabesp.com.br/normas/nts/NTS181.pdf
- comunicado - 04/13 - revisão tarifária da SABESP - primeira etapa do segundo Ciclo tarifário: http://site.sabesp.com.br/uploads/file/clientes_servicos/comunicado_04_2013.pdf
- Relatório anual 2013 – FECOMBUSTÍVEIS: http://www.fecombustiveis.org.br/relatorio2013/
- Sifreca – Sistema de Informações de Fretes - USP: http://sifreca.esalq.usp.br/sifreca/pt/fretes/rodoviarios/index.php?q=
CARTÃO DE CRÉDITO:
http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0109.pdf
http://www.ead.fea.usp.br/semead/7semead/paginas/artigos%20recebidos/marketing/MKT09-_Analise_de_Mercado_do_Cartao_de_Cr%E9dito.PDF
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100120042756AALaGR8
- Cresce número de brasileiros que utilizam cartões de crédito e débito: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/117436_CRESCE+NUMERO+DE+BRASILEIROS+QUE+UTILIZAM+CARTOES+DE+CREDITO+E+DEBITO
- Brasileiros usam mais o cartão, confirma pesquisa da Abecs: http://www.abecs.org.br/site2012/admin/arquivos/releases/%7B1F1B431F-A438-41C1-9C3B-EA8F12FD69A9%7D_Pesquisa%20Abecs-Datafolha%20-%2009.2011.pdf
- Mercado de Meios Eletrônicos de pagamento População - ANO IV - Abecs: http://www.abecs.org.br/site2012/admin/arquivos/pesquisas/%7BF1D4D3B7-6490-4E93-9BAE-C800D1747395%7D_APRES.%20POPULA%C3%87%C3%83O%20-%202011_FINAL.pdf
- Mercado de meios eletrônicos de pagamento Comércio - ANO III - Abecs: http://www.abecs.org.br/site2012/admin/arquivos/pesquisas/%7B3DC93F2A-5D6F-4550-876D-55A854011C8C%7D_APRES.%20COMERCIO_2010_FINAL.pdf
- cartilha carões de credito CNDL SPC Brasil: http://www.slideshare.net/spcbrasil/cartilha-de-cartes-de-crdito
- site da Redecard: http://www.redecard.com.br/pt-BR/produtosservicos/Paginas/creditodebito.aspx
- Quanto custa uma máquina de cartão de crédito? http://www.creditooudebito.com.br/quanto-custa-maquina-cartao-credito/
MÃO DE OBRA
- Compilação de todas as convenções trabalhistas – FECOMBUSTÍVEIS: http://www.fecombustiveis.org.br/convencoes-trabalhistas/index.php
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http://www.sinposba.org.br/convencao-coletiva/arquivos.php
- SINCOPETRO – SP: http://www.sincopetro.org.br/conteudo.asp?xmenu=81
- Trabalho Noturno: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/trabalho_noturno.htm
- Adicional de Periculosidade: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/periculosidade.htm
- Horas Extras: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/horas_extras.htm
- Planilha de Encargos Sociais e Trabalhistas: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/planilha_custos_trab.htm
- Cálculos de Encargos Sociais e Trabalhistas: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/custostrabalhistas.htm
- Petróleo - Ceará Mercado Fechado! Casamento perfeito!!! Posto x loja de conveniência: http://f2expressconsultoria.blogspot.com.br/2011/09/casamento-perfeito-posto-x-loja-de.html
SEGURO POSTO:
- Seguro Posto de Gasolina: http://socyalcorretoradeseguros.com.br/empresa/seguro-posto-de-gasolina/
- Qual a importância de se fazer seguro no posto revendedor de combustíveis? http://www.portaldepostos.com.br/paginas/gest.seguros.materia1.html
- Novo pacote de seguros mira postos de gasolina: http://noticias.prestumseguros.com.br/2013/09/16/novo-pacote-seguros-mira-postos-gasolina/
- Pense Imóveis: http://www.penseimoveis.com.br/
- Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) - Cálculo do Imposto – Prefeitura Municipal de São Paul: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/servicos/iptu/index.php?p=2456
- Ciclone Catarina: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL821258-16020,00-DESTRUICAO+EM+TORRES.html
- Posto destruído por nevasca: http://m.zerohora.com.br/noticias/todas/a4210988
- Ciências atuariais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Atuarial
- Anuário Estatístico ANP – 2012: http://www.anp.gov.br/?pg=62402&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=1372719253230
- Internet no Brasil é a 2ª mais cara do mundo, diz pesquisa: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/internet-no-brasil-e-a-2a-mais-cara-do-mundo-diz-pesquisa
- Planos de telefone Vivo fixo: http://vivofixo.clientes.ananke.com.br/empresa-planos.php
CAPITAL DE GIRO:
- O que é capital de giro e como calculá-lo: http://www.industriahoje.com.br/capital-giro-calcula-lo
- Como calcular a necessidade de capital de giro?: http://www.dinheirologia.com/2009/04/como-calcular-necessidade-do-capital-de.html
- Como calcular o capital de giro?: http://nfinancas.blogspot.com.br/2010/09/como-calcular-o-capital-de-giro.html
-Transporte de valores: http://www.bancopaulista.com.br/docs/tarifas_pj_banco_paulista.pdf
- Estruturas de Formação dos Preços – ANP: http://www.anp.gov.br/?pg=16583
- ICMS:
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_Circula%C3%A7%C3%A3o_de_Mercadorias_e_Servi%C3%A7os
- CMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html
- Tabela de ICMS Atualizada – 2013: http://www.tabelaicms.com/
- Contribuição Sindical – SULPETRO – RS: http://www.sulpetro.org.br/download/tabela.pdf
- Custo de aquisição de combustíveis – SINCOPETRO – SP: http://www.sincopetro.org.br/conteudo.asp?xmenu=110
- Simples Nacional: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Default.aspx
- Planilha de cálculo do Simples Nacional: http://seomartin.com/planilha-de-calculo-do-simples-nacional-google-planilhas/
- Honorários de Serviços Contábeis –SINDICONTA-BA: http://www.sindiconta-ba.org.br/conteudo/pub/003/cont/000023/000023.pdf
- IRPJ - Lucro Presumido – Cálculo do Imposto: http://www.portaltributario.com.br/guia/lucro_presumido_irpj.html
- CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido: http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html

quarta-feira, 2 de outubro de 2013