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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Comparações

Não sei se aconteceu com você, mas na minha infância e adolescência vi isso muitas vezes em várias casas. A minha mãe vivia dizendo: "o fulaninho já aprontou tal trabalho", "a filha da fulaninha é melhor; maior; fez mais cedo (ou qualquer coisa mais positiva) do que você". Para alguns essas comparações serviram como um desafio e estimularam o crescimento pessoal, seja acadêmico, profissional ou nos relacionamentos. No meu caso, só serviu como depressor. Com os anos, por diversas razões fui superando e não dou quase importância se alguém tem mais, melhor ou maior do que eu. Aprender a lidar com as limitações, frustrações e inveja faz parte do amadurecimento.
Ontem, apesar de tudo isso, fui comparado. Na verdade caí numa armadilha. Uma armadilha que quem armou não tinha essa intenção, mas aconteceu. Recebi o mesmo presente que outro alguém e não tive a mesma reação. Fui execrado. Bem, talvez não tanto. Mesmo assim me senti um lixo. Me lembrei desagradavelmente da minha infância.

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